Café e cachaça: oportunidades de negócios desperdiçadas por Minas Gerais na Rússia
11 de julho de 2018 Epa na Copa com Chico MaiaNos supermercados e lojas especializadas em comidas e bebidas da Rússia a minha frustração que se repete em quase todo país que visito: ausência ou quase ausência de produtos brasileiros nas gôndolas, especialmente de riquezas que o nosso estado tem. Somos o maior produtor de café do Brasil, que é o maior produtor do mundo. Somos o maior produtor de cachaça do país, em quantidade e acima de tudo em qualidade.
Mas só dá café da Colômbia (2º maior produtor mundial), Guatemala (10º), Indonésia (4º), Honduras (7º), Etiópia (5º), India (6º) e outros.
Vinhos da Argentina e Chile, aparecem em igualdade de condições com os franceses, italianos, espanhóis, portugueses e da própria Rússia e região.
Run cubano e a mexicana tequila também são destaques nas prateleiras. Muito. Durante o Pan-americano de Guadalajara em 2011, assisti uma palestra promovida pela Associação Mexicana de Tequileiros, em que eles mostraram da produção de bebida ao sucesso mundial de vendas que é. O Estado de Jalisco, cuja Guadalajara é a capital, patenteou a Tequila. No mundo, só eles produzem e comercializam, oficialmente. Estão para o México assim como Minas Gerais está para o Brasil em termos de cachaça.
Um dos palestrantes conhece bem o mercado e a história da cachaça brasileira. Amigo de produtores mineiros. Diante dos meus questionamentos sobre a ausência da nossa “caninha” no mercado mundial, ele respondeu que falta organização e antes de tudo união dos nossos produtores para ocupar este espaço. Para eles não foi fácil chegar ao nível que estão já há algumas décadas, mas com muito esforço chegaram lá.
Na Rússia, só vi cachaça num cardápio de um bar cubano (excelente, diga-se) em São Petesburgo. Mas (tem sempre um “mas”, né!?), pasmem: 51.
Pra quem saboreia cachaça de verdade, “pelamordedeus”…
Este bar cubano em São Petesburgo, é uma das maiores atrações da vida noturna da cidade, numa região que faz lembrar a nossa Savassi.
Texto e imagens: Chico Maia